Acabe com a dengue usando NEEM!
- Fabia Preservamundi
- 18 de dez. de 2023
- 4 min de leitura

Dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, entre eles: o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme).
Pessoas infectadas com o vírus pela segunda vez têm um risco significativamente maior de desenvolver doença grave.
Os sintomas são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.
O tratamento inclui ingestão de líquidos e analgésicos. Os casos graves exigem cuidados hospitalares.
A dengue é um problema que todos precisam ajudar a combater e o Neem pode eliminar este problema.
Junto à UNESP de Botucatu, realizamos um estudo que mostra a eficácia do Neem contra o mosquito.
O trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia de diferentes doses do extrato etanólico de folhas de NEEM (puro ou em mistura com citronela) sobre larvas e adultos do mosquito Aedes aegypti e compará-la a obtida com os padrões comerciais de 2 produtos (pyriproxifen e imiprotrina 0,02% + permetrina 0,05% + esbiotrina 0,1%).
Os experimentos foram conduzidos nos Laboratórios de Resistência de Plantas e Plantas Inseticidas (LARESPI), sob condições controladas (T= 26±2ºC; UR= 65±10% e fotoperíodo de 13 horas). Os tratamentos botânicos foram testados nas concentrações de 0,5, 1,0 e 1,5% (v/v). No bioensaio com larvas foram utilizados os padrões água e o produto Sumilarv® e no bioensaio com adultos foram empregados água e o produto Inseticida Comercial que não vamos reverlar a marca. Em cada experimento foram utilizadas quatro repetições por tratamento num delineamento inteiramente casualizado (DIC), totalizando 32 unidades experimentais cada. A partir dos resultados constatou-se que o uso de extratos etanólicos provenientes de folhas de nim a partir de 1% é altamente eficiente no controle de larvas de A. aegypti. Quando utilizado a 1,5%, o efeito pode o efeito tornou-se mais rápido e acentuado em relação ao verificado com o inseticida padrão comercial (pyriproxifen). A metodologia empregada foi adequada para a avaliação dos efeitos larvicida e inseticida a partir do uso de extratos vegetais.

Figura 1. Vista do experimento de ação larvicida. (A) diferentes tratamentos nas placas de Petri, dispostos em quatro repetições cada; (B) transferência das larvas L2-L3 a partir do recipiente de criação; (C) larvas (20) acondicionadas nas placas de Petri contendo o tratamento testemunha
Para a avalição de pupas, os dois tratamentos à base de NEEM a 1,5% e o inseticida pyriproxyfen 0,5G apresentaram os menores índices de pupas formadas, diferindo do tratamento controle (água). Esses resultados refletiram no número de adultos emergidos, uma vez que nesses mesmos três tratamentos, além daqueles contendo NEEM a 1%, não houve emergência, resultando em eficiência de controle de 100%.
Os tratamentos à base de NEEM (0,5%) não foram tão eficientes no controle das larvas de A. aegypti e,juntamente com o padrão água, apresentaram as maiores médias para o número total de pupas e adultos emergidos (Tabela 3).
As maiores médias de mortalidade foram averiguadas nos tratamentos com extratos alcoólicos de NEEM a 1,5% (acima de 19 larvas), superando inclusive o produto sintético pyriproxyfen (15 larvas). Na dosagem de 1%, as médias de mortalidade variaram entre 10,3 e 13,3, enquanto que a 0,5%, a maior média foi de 2,5 larvas mortas (Tabela 4).
Embora os tratamentos com NEEM a 1% tenham apresentado valores de mortalidade inferiores aos obtidos a 1,5%, o número total de adultos emergidos foi zero, indicando que a mortalidade também ocorre na fase pupal (Tabela 3 e 4).
Derivados de Azadirachta indica A. Juss. representam um dos grupos de inseticidas botânicos mais eficientes e mais utilizados no mundo. Sua atividade é geralmente relacionada ao seu ingrediente ativo principal, a azadiractina (PAVELA, 2007), porém outros compostos presentes nos derivados podem apresentar efeito aditivo ou sinérgico, potencializando os efeitos. A azadiractina provoca efeitos deletérios sobre os insetos, tais como: bloqueio da síntese e liberação de hormônios de muda (ecdisteróides) da glândula protorácica, levando a ecdises incompletas em insetos imaturos; em fêmeas adultas, um mecanismo de ação semelhante leva à esterilidade; além disso, a azadiractina é um antialimentar potente para muitos insetos. Na prática, sua eficácia está ligada à ação fisiológica da azadiractina, como um regulador de crescimento do inseto, enquanto que o efeito antialimentar, é muito variável entre as espécies de pragas (BOMFORD; ISMAN, 1996).


Segundo Warthen (1989), a molécula de azadiractina atua de modo dose-dependente. Quando utilizada em alta concentração, os efeitos aparecem logo após o seu uso e a mortalidade é mais elevada. Em concentrações mais baixas, se a ecdise for finalizada, alterações no crescimento e anormalidades geralmente ocorrem nos estádios subsequentes (MARTINEZ; VAN EMDEN, 2001). Essas características inseticidas foram verificadas no presente trabalho, onde constatou-se mortalidade mais rápida e elevada nos a 1,5%, com mais de 90% de indivíduos eliminados já aos 6 DAA. Para os tratamentos a 1,0% foram encontradas larvas mortas em quantidades inferiores àquelas dos tratamentos mais concentrados, no entanto houve problema na ecdise, indicando ação insetistática (prejudicial, mas não letal a curto prazo)
CONCLUSÕES
O uso de extratos etanólicos provenientes de folhas de NEEM a partir de 1% é altamente eficiente no controle de larvas de A. aegypti;
Em alguns casos (1,5%) o efeito é mais rápido e acentuado do que o verificado com o padrão comercial (pyriproxifen);
O uso constante de MULTIUSO NEEM PET ajuda a emilinar e combater ovos e larvas do mosquito.
Juntos, podemos acabar com a dengue!



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